Mas por que escrever Surdocegueira: empírica e científica?
Primeiramente, é claro, por questões estritamente pessoais, pela própria
experiência de vida. Em segundo lugar, pela segregação vivida pelas
Pessoas Surdocegas ao longo dos tempos. Segregação esta experimentada
até mesmo nos modelos especiais de assistência. “Surdocegueira:
Empírica e Científica” vem de encontro à inexistência de políticas
públicas e de educação que fomentem assistência adequada a esta
população de indivíduos respeitando suas características únicas,
específicas e indivisíveis de sua condição. Características estas que há
algum tempo já foram reconhecidas, como demonstram os Direitos das
Pessoas Surdocegas, Direitos das Crianças Surdocegas e os Direitos dos
Pais de Surdocegos e a Declaração de Salamanca e Linhas de Ação. Os
primeiros, promulgados em Estocolmo em 1991, durante a IV Conferência
Mundial Hellen Keller. Dessa forma, “Surdocegueira: empírica e científica” irá abordar
várias “faces” desta condição, tanto do ponto de vista clínico –
patológico quanto sócio – educacional e de desenvolvimento. Com
“Surdocegueira empírica e científica” estaremos contribuindo para a
estruturação de trabalhos futuros; trabalhos estes que possibilitem aos
Surdocegos crescerem em sua própria existência, como também exercer
plenamente sua cidadania visando a melhoria de sua qualidade de vida e
uma emergente participação e consideração social-humanitária do meio em
que estão inseridos.
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