O livro foi escrito ao longo de uma árdua campanha
de imprensa. A maior parte dos documentos e testemunhos
que o autor reuniu foram lançados em uma batalha
que sensibilizou a consciência dos homens de bem
do Brasil a tal ponto que o próprio marechal Castelo
Branco, sob cujo governo as torturas ocorreram e os torturadores
continuaram impunes, teve de mandar ao Nordeste seu chefe
da Casa Militar, general Ernesto Geisel. A missão
Geisel teve como resultado a permissão para que
o autor tivesse condições de penetrar nas
prisões do Recife e confirmar as denúncias
recebidas. Segundo o autor, “a exposição da onda
de crimes oficiais que varreu o Brasil nos primeiros meses
do golpe militar de 1964 (...) foi feita com objetividade
e com o propósito de deixar estes crimes documentados
para o julgamento do futuro”.
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