
Publicada pela primeira vez em Portugal 
em 1895, esta é a primeira obra caracterizada como sendo de 
ficção científica, escrita em língua portuguesa – um tema 
literário inédito na época, não só em Portugal mas também no resto do 
mundo. Ela não é, contudo uma obra original. Trata-se de uma adaptação literária da obra “Le Monde tel qu’il Sera”
 do escritor francês Émile Souvestre, escrita em 1846 que foi escrita 
com a intenção de ser uma obra de carácter moral (isto é, uma apologia 
de advertência a condutas morais) mas cujos elementos de fantasia e 
projeções de tecnologias futuras deram-lhe mais notoriedade como sendo 
uma referência literária sobre um tipo de ficção com premissas sobre as 
potencialidade de realização e invenção do Homem no campo tecnológico e 
científico, tornando-a, portando, numa das primeiras obras do mundo a 
ser reconhecida como uma obra de ficção cientifica. De facto, a obra 
de Émile Souvestre é uma das principais influências do seu 
conterrâneo, Júlio Verne, escritor que viria a popularizar e a 
consagrar a ficção científica como um tema literário legitimo.
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