Com Mandrake: a Bíblia e a Bengala, Rubem Fonseca faz nova investida na
novela policial, gênero do qual é considerado um mestre no Brasil, e
traz de volta à cena Mandrake, um de seus mais célebres personagens (A
grande arte e vários contos). Desta vez, o cínico advogado criminalista é
levado a investigar dois casos insólitos. No primeiro, é procurado por
uma linda colecionadora de livros raros que deseja descobrir o paradeiro
de um amigo desaparecido. Incapaz de resistir à beleza da mulher,
Mandrake aceita dar uma de detetive e passa a desvendar uma trama
complicada que envolve ricaços, bibliófilos, livreiros, um anão
misterioso e, é claro, uma lista crescente de mortos. No segundo caso,
um de seus ex-clientes é assassinado em um crime quase perfeito. Só que a
esposa da vítima é amante de Mandrake e a arma usada foi sua própria
bengala de estoque, o que o torna um dos principais suspeitos.Em
Mandrake: a Bíblia e a Bengala, o autor de Agosto e Vastas emoções e
pensamentos imperfeitos abraça os elementos clássicos do gênero policial
para compor enredos cheios de viradas em que há espaço para jogos de
sedução, reflexões sobre a ética dos advogados, necrópsias, condessas
italianas de identidade duvidosa e indivíduos dispostos a matar para ter
em mãos um incunábulo impresso por Gutenberg. Um prato cheio tanto para
os fãs do romance policial quanto para os admiradores do universo
temático de Rubem Fonseca.
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