A Internet e o ambiente digital colocam novos temas para a agenda
feminista e para a comunicação: as brechas de acesso das mulheres e
outros coletivos à rede e à cultura digital, os discursos misóginos da
web, a violência de gênero – ciberassédio, sexting, a exposição
da intimidade, o controle através de dispositivos tecnológicos.
Tecnologia não é coisa de homem. O feminismo usa a rede para
organizar-se, comunicar-se, empoderar-se. Como afirma a filosofa
feminista Diana Maffía,“A brecha entre mulheres e tecnologia, vai nos
dizer este livro, não é só um problema das mulheres. Devemos pensar
desde o feminismo, desde uma posição política que procura a equidade
entre homens e mulheres, a partir de uma nova visão que aspire à
igualdade real, nomeando e considerando a diversidade sem renunciar à
universalidade na disponibilidade dos recursos. Ademais, dentro do
movimento de mulheres é preciso trabalhar sobre as barreiras subjetivas,
as “fobias” a essa tecnologia que se percebe como hostil sem considerar
seu potencial emancipador”.
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