A partir de sua experiência pessoal, de frequentadora de museus
desde a infância, e profissional, atuando em uma instituição cultural
que abriga um museu, a arte-educadora Paula Hilst Selli discute neste
livro a relação entre os museus e seu público. Sua suposição inicial é que os museus não fazem parte das opções de
lazer para a maioria da população porque a formação de público dessas
instituições está ligada diretamente à infância e à experiência
construída nessa fase. A partir dessa ideia, sugere questões: Será que as crianças de hoje
frequentam museus? Como? Com quem? O que será que elas pensam ou
imaginam acerca desses espaços? Será que nesses ambientes são
estimuladas à construção do conhecimento? As crianças são protagonistas
ou figurantes das ações educativas? Assim, por meio de uma pesquisa realizada com crianças, a autora
busca saber o que elas pensam a respeito dos museus e como se relacionam
com eles, para, então, refletir sobre o acesso e a formação de público
desse tipo de equipamento cultural na cidade de São Paulo. Além de investigar o papel que o museu assume no imaginário infantil
e quem são os principais responsáveis por intermediar o contato entre
as crianças e essas instituições, a arte-educadora analisa documentos
oficiais e estudos históricos com o objetivo de discutir as
responsabilidades no acesso a bens culturais.

Nenhum comentário:
Postar um comentário