O autor realiza uma detalhada análise da repercussão do processo
de independência cubana na imprensa brasileira, por meio do exame dos
periódicos "Jornal do Commercio" e "O Estado de S. Paulo" no período
compreendido entre 1895 e 1902. Os posicionamentos e opiniões emitidos
pelos jornais foram observados a partir de uma perspectiva comparada e
com base na configuração política e ideológica de cada veículo. O livro também investiga, ainda levando em conta o posicionamento
desses jornais, as propostas ou opiniões acerca da inserção do Brasil no
âmbito das relações políticas internacionais, sobretudo no que diz
respeito aos Estados Unidos. À época, este país começavam a despontar
como uma das grandes potências políticas e econômicas do planeta e a
consolidar um papel hegemônico nas Américas. A história da independência cubana é a mais longa do continente, e uma
das mais dramáticas: Cuba chegou tarde à independência, em comparação
com os outros países hispano-americanos e mesmo assim não a conquistou
por completo, pois ficou por um longo período sob a tutela política dos
Estados Unidos. O extenso processo de independência de Cuba culminou com mudanças
importantes para a América Latina, marcando o fim da presença colonial
espanhola no continente e abrindo caminho para uma nova fase da política
externa dos EUA para a região, de caráter francamente imperialista.

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