Os termos educação de adultos,
educação popular, educação não-formal e educação comunitária não são sinônimos.
A educação de adultos e a educação não-formal freferem-se, majoritariamente, a
mesma área disciplinar, prática acadêmica da educação. No entanto, o termo
educação de adultos tem sido popularizado especialmente por organizações
internacionais como a Unesco, para referir-se a uma área especializada da
educação. A educação não-formal tem sido utilizada, especialmente nos Estados
Unidos, para referir-se à educação de adultos que se realiza nos países do
terceiro mundo, geralmente vinculada a projetos de educação comunitária e a
projetos produtivos. Nos Estados Unidos, no entanto, reserva-se o termo
educação de adultos pra a educação não-formal realizada ou administrada em
nível local. Existe no entanto, um número de paradigmas (isto é, uma combinação
de teorias, lógicas de investigação e metodologias de ação) dentro da educação
de adultos e da educação não-formal. Antes de assinalar esses diferentes
paradigmas, caberia mencionar que, na América Latina, a educação de adultos em
si tem sido, especialmente desde a segunda guerra mundial, de âmbito do Estado,
o que levou Carlos Rodrigues Brandão (1984), em um celebre artigo, a referir-se
à educação de adultos como a pedagogia do colonizador. Ao contrário, a educação
não-formal, envolve uma série de opções, geralmente vinculadas a organizações
não-governamentais, partidos políticos, igrejas, etc. surgidas geralmente onde
o estado omitiu-se ou deixou de ter uma presença especifica e inclusiva. Muitas
vezes elas surgem em oposição à educação de adultos oficial em uma luta para a
conquista de melhor qualidade de vida para a totalidade da população.
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