Pensar a fotografia como um objeto de memória povoa o senso comum que se baseia na ideia de que esse meio mecânico pretensamente objetivo, que faz cópias do mundo através da natural refletividade da luz, é confiável e produz o efeito de reprodução mimética. Entretanto, procuramos apresentar aqui uma resumida história da memória, seguida de uma pesquisa que defende a ideia de que, longe dela ser um espelho do mundo, ela interpreta e transforma o real, carregando, do seu referente, apenas traços de semelhança que afirmam sua existência naquele dado momento. Procuramos, também, pesquisar dois teóricos da psicologia – Freud e Pinker - investigando as diferenças que existem entre o modo de ver do homem e da câmera fotográfica e de como uma imagem, ao ser armazenada na memória, sofre todo tipo de deformação. À semelhança da imagem mental, a fotografia, quando contemplada, passa a ter significados distintos afetados pela interpretação conceitual individualizada, afastando-se, ainda mais, daquela ideia inicial de realidade objetiva. Dentro deste universo são apresentados quatro trabalhos artísticos da série Amnésia, cuja finalidade é refletir sobre a fotografia como ausência, como esquecimento.
Baixe o arquivo no formato PDF aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário