Música e movimentos sociais formam, neste livro, um duo, cuja análise
permite compreender a ação dos grupos humanos e suas estratégias de
mobilização e intervenção na vida pública. Fabricio Mota discute a
mobilização dos negros na Bahia depois da fase de reafricanização do
carnaval (1970), para demonstrar como o reggae foi decisivo na luta pela
afirmação dos descendentes de africanos no país. Centrado no período de irrupção do reggae (1980 a 1990), parte do
suposto de que o gênero musical amparou os sentidos de pertencimento do
negro, fornecendo para a juventude inspiração e estímulo no combate à
discriminação. Aqui, o leitor encontrará elementos importantes para
compreender as relações étnicas e raciais em nosso país e como a arte,
em geral, e a música, em particular, guardam íntimas relações com a
dinâmica da realidade. Cantores, compositores e bandas, que integram o
material empírico do texto, nos revelam como o estilo estético do reggae
criou na Bahia novos referenciais identitários e enriqueceu
sobremaneira a nossa história musical.
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