Nesta obra, a pesquisadora Karina Lilia Pasquariello Mariano
expõe as motivações e as propostas das centrais sindicais do Cone Sul
(especialmente da CUT brasileira e da CGT argentina) durante a primeira
década de integração econômica dos países da região. Para Mariano,
apesar de não ter sido previsto espaço para as centrais nas decisões
econômicas e institucionais do bloco, essas organizações jamais deixaram
de tentar se colocar como atores do processo. Se conquistaram pouco
resultado com suas investidas para alterar a lógica essencialmente
econômica do Mercosul, sem conseguir ênfase do bloco nas questões
sociais, como gostariam, as centrais, contudo, alcançaram visibilidade
para as questões trabalhistas e para o fundamento de suas propostas - de
modo geral reativas e reivindicatórias diante das iniciativas dos
governos e entidades empresariais dos países-membros. Ainda tiveram o
mérito de criar a consciência de que era preciso fundar um sindicalismo
que ultrapassasse os limites nacionais.
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