Se já não bastasse o Sudeste do Brasil enfrentar a seca e uma crise hídrica sem precedentes, também temos que nos preocupar com um problema que afl ige o país ano após ano: as queimadas. Para piorar, em 2014, batemos recordes de ocorrências de incêndios em fl orestas em comparação aos anos anteriores: houve um crescimento de 70% dos casos, de acordo com um levantamento feito pelo Ipea entre os meses de janeiro e outubro. Parece um problema isolado, que em nada afetaria o restante dos dramas naturais enfrentados pelo país. Mas não é bem assim. As queimadas podem, sim, piorar os efeitos da crise na água. É como um círculo vicioso. Quanto mais a seca se instala, maiores são os riscos de queimadas. E quando as chamas começam a arder nas fl orestas, levando embora nossas árvores, mais seca ocorre. Com ela, os rios secam e as torneiras de nossos lares não vertem mais água. Equivocadamente, há pessoas que pensam que a queimada é um fenômeno típico de regiões de cerrado, onde ocorrem dois agravantes: a combinação de clima seco, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas – propícios ao fogo – e as práticas agrícolas para limpar e preparar o solo para o plantio. Tanto é que um dos estados que faz parte do cerrado, o Mato Grosso, foi o local com mais focos de incêndios na vegetação ao longo de 2014. Mas nenhuma região do Brasil está livre disso.
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