Discussão sobre a saúde da população brasileira nos últimos anos e
inovações trazidas pela Constituição de 1988 para o campo da saúde e o
papel do Estado na área. São abordados vários aspectos relacionados ao
financiamento do Sistema único de Saúde (SUS), à regulação setorial e à
provisão de serviços. Um ponto fundamental para aumentar a efetividade do Sistema único
de Saúde é a reorientação do modelo de atenção, para que possa melhor
responder às novas exigências decorrentes do quadro epidemiológico, com
predomínio das doenças crônicas não transmissíveis e à necessidade de
garantir, de forma eficiente e oportuna, o princípio da integralidade da
atenção. Em países com condições de saúde reconhecidamente superiores
às vigentes no Brasil, as taxas de mortalidade por doenças crônicas
não-transmissíveis são bem mais elevadas. O Brasil encontra-se numa posição epidemiológica intermediária, onde tanto a mortalidade quanto a
morbidade por doenças crônicas e degenerativas cresce de forma gradual,
embora ainda sejam altas a mortalidade e a morbidade por doenças
infecciosas e parasitárias. As doenças não-transmissíveis (câncer,
diabetes, cardiovasculares etc.), aumentarão nas próximas décadas, como
fenômeno natural, compatível com o crescente envelhecimento da população. O que causa maior perplexidade, por sua atipicidade, é o
crescimento das sequelas das diferentes formas de violência,
principalmente as decorrentes de agressões e acidentes de trânsito.
Apesar dos avanços (Lei nº 8080/90 e Lei nº 8142/90), dezoito anos após
início da estruturação do SUS, questões fundamentais para a sua
consolidação ainda persistem parcialmente irresolutas.
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