O livro é baseado na série de televisão homônima que Schama produziu
para a BBC. Não se trata de um compêndio tradicional sobre história da
arte. O autor não nos conta as minúcias técnicas de cada artista, mas
nos apresenta momentos em que eles foram obrigados a reformular ou
recrudescer suas concepções de trabalho. Com uma prosa épica e até teatral, Schama fala do drama da criação, dos
momentos “em que o artista, sob enorme pressão, empreende um trabalho
extremamente ambicioso, no qual se incorporam suas crenças mais
profundas”. Sem se preocupar em fazer um panorama da história da arte, o autor se
atém a momentos em que a criação da beleza não pretendeu apenas ser um
agrado aos olhos, mas “uma arma de guerra”, como definiu Picasso. É dessa oposição entre o agrado suave aos olhos e a força inconveniente
da arte que Schama constrói seu raciocínio. Como o próprio autor
sintetiza: “Os dramas que formam O poder da arte são histórias
pessoais e também histórias da arte. O sucesso ou o fracasso de seus
protagonistas envolvia elementos cruciais de nossa existência individual
e coletiva”. “A grande arte tem péssimos modos. A silenciosa reverência da galeria
pode levar você a acreditar, enganosamente, que as obras-primas são
delicadas, acalmam, encantam, distraem - mas na verdade elas são
truculentas. Impiedosas e astutas, as maiores pinturas lhe aplicam uma
chave de cabeça, acabam com sua compostura e, ato contínuo, põem-se a
reorganizar seu senso da realidade.”
Baixe o arquivo no formato PDF aqui.
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