Ao conquistar o direito de sediar a Copa do Mundo 2014 e os Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, o Brasil aceitou o desafio de
realizar dois megaeventos esportivos globais, que ao mesmo tempo
despertam paixões e desconfianças. Há argumentos que defendem os eventos
como uma janela singular e histórica de oportunidades, mas, longe do
consenso, também surgem críticas que consideram tais projetos
excludentes, potencializadores da desigualdade social nas cidades-sede e
do endividamento público. A polêmica abre espaço para um amplo debate
sobre o que significa para o Brasil sediar os megaeventos esportivos
mais simbólicos do mundo na atual conjuntura política, econômica e
social. Este livro de intervenção conta com contribuições de Andrew
Jennings, Luis Fernandes, Raquel Rolnik, Ermínia Maricato, Carlos
Vainer, Jorge Luiz Souto Maior, José Sergio Leite Lopes, Nelma Gusmão de
Oliveira, entre outros. Traz perspectivas variadas sobre o papel
contraditório do esporte na sociedade brasileira entre a construção da
identidade nacional, os impactos urbanísticos e as transformações dos
megaeventos esportivos ao longo da história.
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