A proposta da autora foi a de refletir sobre a prática da
Educação Musical de jovens entre 11 e 14 anos, o que fez utilizando
pesquisa realizada no Colégio São José, de São Bernardo do Campo, na
Grande São Paulo. Ela quis saber, principalmente, se é levada em conta a
distância existente entre a realidade escolar e a realidade do jovem,
tendo para isso aberto um diálogo com o universo do adolescente - a
capacidade de invenção, a percepção do ambiente acústico, visual, social
e cultural e o contexto escolar. O livro conduz a uma reflexão a respeito da relação professor, aluno e
sociedade e ao questionamento dos modos de ser e de compreender desses
públicos, assim como deixa patente a necessidade de entendimento da
cultura adolescente para que as fronteiras entre escola, música e
cultura jovem convivam de maneira complexa e criativa e com maiores
possibilidades de diálogo. A pesquisa, qualitativa, baseou-se na teoria da complexidade aplicada à
educação, tal como ela foi desenvolvida pelo filósofo francês Edgard
Morin, e no uso de subsídios emprestados da Antropologia, Psicologia,
Pedagogia, Artes Visuais e Educação Musical, com destaque para os
trabalhos de Garcia-Canclini, Paulo Freire, Babin e H. J. e
Koellreutter.
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