O teatro foi a última das artes a perceber que somos tod@s feitos de 0 e 1. A música já era mp3, o cinema avi, os livros pdf e as fotos e quadros jpg quando, enfim, os atores sobre um palco diante de um público se viram representados por avatares feitos de dígitos. Estão ali atores, palco e público, cada um num espaço e num tempo, na mais complexa das manifestações artísticas já produzidas por humanos. As 11 artes misturadas. O espectador normalmente não pensa nesses termos quando repete o gesto já habitual de apertar play em um vídeo transmitido ao vivo na internet. São apenas alguéns em algum lugar com uma câmera em punho enviando a gravação na hora para a rede. Digitalizar a presença - e portanto questioná-la, relativizá-la, expandi-la - foi o que emancipou a cena dos seus limites físicos. Limites. Amarras. Finitude. Controle. Até o século 20 o teatro era (só) assim.
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