A atividade do
movimento Provo foi centrada em jogo, magia e anarquia. Seus
integrantes, agitadores, se reuniram num lugar chamado “Centro Mágico”,
em Amsterdam, para celebrar ritos coletivos contra o fetiche da
sociedade consumista. Herdeiros do dadaísmo e da tradição
anarco-comunista, os Provos inauguraram novos formatos de ação política e
de luta ecológica, e deram nova dimensão à idéia de desobediência
civil. A partir daí surgiu um tipo de comportamento que passamos a
chamar de Contracultura e se desenvolveu a idéia de que a subversão
funcionava melhor quando misturada com humor inesperado. O exemplo dos
Provos antecipou e inspirou os diversos movimentos de contestação jovem
nos anos 1960, inclusive a esquerda hippie norte-americana e os
manifestantes do maio de 68 na França. Suas atitudes e atividades eram
provocativas e absolutamente anticonvencionais: alguns resolveram usar
uma broca de dentista para abrir um buraco no próprio crânio e assim
expandir a consciência. Outros inventaram a Igreja da Dependência
Consciente da Nicotina, onde dezenas de fiéis entoavam o mantra: "Cof
cof cof cof". As tradicionais estátuas da cidade foram pintadas de
branco. Os cabelos cresceram. E alguém teve a idéia de espalhar
bicicletas brancas pela cidade. Bicicletas sem dono, que ficavam à
disposição de quem quisesse usá-las, no momento em que lhe interessasse.
Assim, eles se tornaram referência para os movimentos de contestação
jovem e transformam Amsterdam na Meca da juventude dos anos 1960 e 1970.
Este livro é a história de um grupo de jovens que inventou o espírito
de sua época.
Baixe o arquivo no formato PDF aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário