Em 1597, um pedido da rainha Elizabeth incumbiu
Shakespeare (1564-1616) de escrever uma peça às pressas. O resultado,
criado em quatorze dias, foi As alegres matronas de Windsor, esta comédia de costumes farsesca, protagonizada por Sir John Falstaff (personagem também da peça Henrique IV). A
ação de passa na cidade de Windsor, na Inglaterra. Falstaff, um
cavalheiro falido que se encontra numa maré de azar, inventa um plano
para enriquecer. Seduzirá não uma, mas duas senhoras ricas da região, a
sra. Ford e a sra. Pajem, na tentativa de pôr as mãos no dinheiro do
marido de cada uma delas. Mas aparentemente as matronas de Windsor são
mais espertas que ele, que vai se ver em apuros. Irônica, cheia de
reviravoltas e peripécias, a peça acompanha de um modo engraçado, mas
também fraterno, os ciúmes, as suspeitas, adultérios e outras cômicas
situações matrimoniais. Falstaff é
considerado por muitos um dos melhores personagens de Shakespeare. É o
caso de Harold Bloom, para quem Falstaff figura, juntamente com Hamlet,
no centro do universo criativo shakesperiano. Esta tradução de Millôr
Fernandes conserva toda a hilariedade original da pena do bardo inglês.
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