A interpretação do Brasil é uma obsessão. As contradições imanentes do encontro violento do Velho Mundo em crise, em transformação, em desenvolvimento capitalista, com o paraíso do Novo Mundo, alimentaram e ainda alimentam esse sentimento. Cada momento singular da formação do Brasil foi acompanhado de grandes intérpretes, cujas contribuições correspondem a um arcabouço distintivo de obras intelectuais prioritariamente voltadas para o estudo do sentido do país. Esta particularidade é ainda mais evidente a partir da década de 1930. Neste período, a combinação da herança de precursores do pensamento social com a esperança de um encontro definitivo com a modernidade forjou uma geração de pensadores cuja qualidade e profundidade intelectual, até hoje, não foram superadas. As transformações políticas, econômicas e sociais recentes no país ensejam, como um momento singular, a retomada das interpretações clássicas sobre o sentido do Brasil. São transformações a serem dimensionadas que criam um espaço teórico novo de interpretação que, para ser avançado, deve-se permanentemente recorrer aos estudos dos clássicos do pensamento social, observando distintas orientações metodológicas, para buscar novas respostas aos desafios contemporâneos do desenvolvimento nacional.
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