A primeira parte, sobre planejamento e PPAs, congrega alguns dos artigos já clássicos – e de leitura obrigatória – de Ronaldo Garcia sobre o assunto. Focados nos processos tecnopolíticos de formulação estratégica e elaboração dos planos plurianuais (PPA) das duas primeiras décadas do século XXI, isto é, do PPA 2000-2003 ao PPA 2016-2019, fornece argumentos críticos e propositivos relativos ao imenso desafio e dificuldades que os sucessivos governos têm demonstrado para conferir e garantir centralidade institucional e viabilidade prática a este importante – porém negligenciado – instrumento de planificação das políticas, programas e ações de governo, mormente de âmbito federal. A segunda parte do livro, que tem por objeto planejamento e desenvolvimento, volta-se, por sua vez, a estudos assinados por Ronaldo sobre a questão social brasileira, as finanças públicas federais e o próprio sentido e amplitude do desenvolvimento nacional. Ele demonstra conhecimento profundo e preocupação ética, ambos sempre marcantes em toda a sua produção ipeana, diante de temas tão diversos quanto complexos acerca da realidade nacional. Por fim, mas não menos importante, a terceira parte do livro incorpora algumas contribuições expressivas de Martha Cassiolato e colegas ao amplo e complexo mundo do monitoramento e avaliação das ações governamentais. Sempre interessada em temas e abordagens de construção coletiva e aplicação prática, é sem dúvida de Martha (e seus parceiros nos trabalhos que assina) que o Ipea – e tantas outras instâncias de governo – figura como devedor no que se refere ao desenvolvimento e aplicação de metodologias inovadoras para avaliar e pensar as políticas públicas, respeitadas a natureza do Estado no Brasil e as especificidades da nossa construção governamental ao longo do tempo.
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