Lillian Ponchio e Silva discute aqui, com rigor e veemência,
alguns pontos nevrálgicos do debate relativo ao altamente polêmico
delito do infanticídio. O trabalho utiliza como fundamento a constatação de que a Bioética
principalista não leva em conta os conflitos presentes no contexto
social de países com grandes desigualdades. Esta última ciência
pressupõe um sujeito livre de qualquer tipo de opressão e, assim, torna o
infanticídio um crime essencialmente moral, sem levar em conta suas
condicionantes sociais. Ao considerar somente algumas vozes e
interesses, portanto, a Bioética principalista deixa à margem da pauta
de discussão os indivíduos e grupos tradicionalmente oprimidos e
vulneráveis. Para a autora, é preciso buscar uma maneira mais adequada de tratar o
infanticídio e, ainda, tentar avançar na discussão de algumas questões
específicas, como a análise do estado puerperal (expressão extremamente
ambígua e muito contestada pelos médicos) e a tutela do bem jurídico no
infanticídio, além do tratamento dispensado à mulher nessa situação.
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