Para início de conversa, Darcy não era um só, eram vários. Como a singularidade é pobre, constituía uma pluralidade de seres em apenas um. Por isso, certa vez, num discurso, comparou-se a uma cobra com várias peles (Ribeiro, 1992). Ao longo da vida vestiu várias delas, algumas ao mesmo tempo: foi pelo menos educador, antropólogo, indigenista, escritor de ficção e político. Por dentro dessas peles, ele era singular: apaixonado por tudo o que escrevia e fazia, sonhador, orador que sacudia corações e mentes, idealista que não ficava só nos ideais, construtor de sonhos na prática. Quando falamos no seu nome, podemos nos lembrar do edificador de Centros Integrados de Educação Popular (Cieps) no Rio de Janeiro, do criador de universidades (a última das quais, a Universidade Estadual do Norte Fluminense) e do exilado que viveu longo tempo fora do Brasil.
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