Este livro analisa a racionalização das tradições num contexto
de modernidade tardia. A análise tem como ponto de partida as tradições
gaúchas e sua manifestação nos Centros de Tradição Gaúcha (CTG). O
estudo foi desenvolvido com base na bibliografia especializada sobre o
tema e em uma pesquisa efetuada durante o ENART 2008 - Encontro de Arte e
Tradição Gaúcha, realizado em 2008 na cidade de Santa Cruz do Sul - RS.
Os estudos apontam que a modernidade tardia traz à tona a reflexividade
e racionalização das relações, experiências e tradições. Tradições são
(re)inventadas e, neste caso, (re)inventadas tendo o CTG como cenário e
esta (re)invenção permite manter os vínculos e a sociabilidade do grupo
sócio-cultural que se reconhece enquanto grupo e se diferencia dos
demais por identificar-se em torno de símbolos, práticas, crenças e
rituais que os une, pois é comum a todos eles, independente do espaço
geográfico que ocupem. Na modernidade tardia o caráter de ludicidade
atribuído às tradições (re)inventadas no CTG é o fio condutor para
inúmeras relações que se estabelecem nesse cenário e é o combustível de
todas as práticas e rituais vivenciados ali. A ludicidade das atividades
dá sentido às práticas tradicionalistas e à toda tradição que foi
(re)inventada e que passa a ser racionalizada no contexto de modernidade
reflexiva. Essa apropriação do caráter lúdico das tradições e as
relações estabelecidas no CTG a partir dos símbolos, práticas e rituais
sinalizam que estamos vivenciando no Brasil um contexto de modernidade
tardia. No contexto da modernidade tardia, a tradição racionalizada é
uma maneira de evitar choques entre diferentes valores e modos de vida,
uma vez que age como articuladora de atores e grupos sociais, entre as
diferentes instâncias do mundo social.
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