Este trabalho propõe expor o desenvolvimento do Cinéma du peu-ple, uma cooperativa cinematográfica anarquista iniciada em Paris no ano de 1913. Para isto, faz-se necessário compreender as causas que possibilitaram a criação desta, uma vez que ela cumpria a dupla tarefa de ser uma ferramenta na instrução entre operários e crianças, assim como era uma resposta direta à produção cinematográfica até então desenvolvida. Desta forma, abrange os conceitos de memória e constrói uma perspectiva de História social do cinema. O trabalho se subdividirá em tópicos que confluem diretamente com o exposto acima: Discorrerá primeiramente a crítica anarquista ao cinema da época, apresentando as denúncias feitas pelos libertários em seus jornais e panfletos, observando o caráter lúdico do cinema, distanciando-se assim da função emancipatória que este potencialmente possuía. Em seguida, abordará a educação segundo os anarquistas, suas considerações acerca da função que deveria possuir, desde suas perspectivas teóricas até a utilização de obras cinematográficas como ferramenta de educação entre as classes despossuídas. Adiante, tratará de discorrer a experiência do Cinéma du peuple, que conciliava os preceitos educacionais defendidos pelos anarquistas, além da produção de um cinema social, voltado para a compreensão, conscientização e instrução de crianças e trabalhadores. A conclusão trará a colaboração que o Cinéma du peuple ofereceu em sua época para o público alvo que abrangia, dentro da função instrutiva que trazia e do que produzia, assim como reflexões acerca do que este pode nos proporcionar na atualidade.
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