O tratado Arte de Furtar apareceu pela primeira vez como escrito pelo
Padre Antônio Vieira, com as indicações de “impressa na Oficina
Elzeviriana”, em Amsterdã, com data de 1652. Na página de rosto, depois
do título, há um extenso subtítulo: Espelho de Enganos, Teatro de
Verdades, Mostradores de Horas Minguadas, Gazua Geral dos Reinos de
Portugal oferecida a El-Rei Nosso Senhor D. João IV para que a emende.
Além de Vieira, a autoria da obra foi sucessivamente atribuída a Antônio
da Silva Macedo, João Pinto Ribeiro, Tomé Pinheiro da Veiga, Diogo de
Almeida e outros. Na realidade não se sabe quem foi o verdadeiro autor
da obra, que é considerada um monumento da prosa barroca e o mais
importante texto da literatura de costumes da língua portuguesa. O
estilo gracioso, a feroz ironia e o humor requintado fazem de Arte de
Furtar um verdadeiro clássico.
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