A empresa
inglesa de biotecnologia Oxitec desenvolveu uma cepa geneticamente
modificada do mosquito Aedes aegypti para produzir crias que morrem
prematuramente. A empresa já liberou um grande número destes mosquitos
no Brazil, nas Ilhas Cayman e na Malásia em experimentos que visam
reduzir a população adulta do Aedes aegypti, o qual é responsável por
transmitir a doença tropical febre da dengue. Embora a Oxitec continue a promoção de sua
tecnologia patenteada, este artigo aponta uma série de preocupações e
questões não respondidas em torno ao uso do Aedes aegypti geneticamente
modificado (GM) como forma de controle de mosquitos. A tecnologia pode
não ser particularmente efetiva em suprimir as populações de mosquitos e
pode inclusive, em especial nos casos de eficácia limitada, piorar o
problema da dengue. Existe ainda incerteza sobre o quanto algumas crias
dos mosquitos GM sobrevivem até a idade adulta. De maneira geral, os
potenciais efeitos adversos desta tecnologia não estão ainda
completamente compreendidos, dadas as complexas interações nos
ecossistemas entre o Aedes aegypti, outras espécies de mosquitos, os
vírus que eles carregam e os humanos que eles picam.
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