Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro
caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente.
Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência
humana, numa verdadeira viagem às trevas. O Ensaio sobre a cegueira
é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter
olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma
imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo
milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como
Franz Kafka e Elias Canetti.Cada leitor viverá uma experiência
imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José
Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a
lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada
leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: "uma coisa que
não tem nome, essa coisa é o que somos".
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