De todos os dândis que encantavam a sofisticada sociedade londrina do
final do século XIX, o mais brilhante e luminoso era sem dúvida Oscar
Fingal O'Flahertie Wills Wilde (Dublin 1854-Paris 1900). Célebre,
respeitado, Wilde vivia o ano de 1895 como o grande autor de O retrato de Dorian Gray
(1891) e de três peças que faziam sucesso no momento: "O leque de Lady
Windermere", "Um marido ideal" e "A importância de ser prudente". Neste
mesmo ano, acusado de crimes de natureza sexual, foi processado pela
família de Lord Alfred Douglas, um jovem aristocrata por quem se
apaixonara e com quem compartilhava um excêntrico estilo de vida.
Condenado, sua vida mudou radicalmente e o talentoso escritor viu-se
encarcerado por dois anos que consumiram sua saúde e fulminaram sua
reputação. Preso, o autor de Salomé (1893) produziu, entre outros escritos, este De profundis e a célebre Balada do cárcere de Reading.
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