Das diversas revistas modernistas que proliferam no Brasil dos anos 1920, Klaxon
sem dúvida é plasticamente a mais audaciosa , a mais renovadora e a
mais criativa, não só por sua belíssima diagramação , que lembra
técnicas da Bauhaus, como pelas modernas ilustrações de Brecheret e Di
Cavalcanti. Seu caráter cosmopolita é explícito: “KLAXON sabe
que a humanidade existe. Por isso é internacionalista”. A revista
traz artigos e poemas de autores franceses, italianos e espanhóis ,
todos em suas línguas originais; é, além disso, poemas de Manuel
Bandeira e Serge Milliet (que assinava assim na época) compostos em
francês. Estes últimos são ainda influenciados por uma certa estética
simbolista. Mas na revista predomina o tom futurista (“KLAXON não é futurista. KLAXON
é klaxista”) e um desejo de abolir o passado para viver o presente, o
moderno. Essa ânsia de atualidade leva os redatores a afirmarem que Klaxon “quer representar a época de 1920”, numa espécie de glorificação da sincronia.
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