Pouco se discute a questão racial impregnada na sociedade brasileira,
considerada por muitos um tabu. Quando se trata de uma abordagem ainda
mais específica como o ambiente escolar, enfrenta-se um desafio maior e
mais delicado por conta das crianças e adolescentes envolvidos nesse
mundo.O livro Relações raciais na escola: reprodução de desigualdades em
nome da igualdade, lançado pela Organizações das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), traz à tona uma realidade
presente em nosso País. Organizado por Mary Garcia Castro, professora da Universidade
Católica de Salvador (UCSAL), e Miriam Abramovay, secretária-executiva
do Observatório Ibero-Americano de Violências nas Escolas, a pesquisa
realizada em 2006 possui foco nas relações sociais em escolas públicas e
privadas de cinco capitais: Belém, Brasília, Porto Alegre, Salvador e
São Paulo. Dividido em 7 capítulos, o estudo traça os cenários condicionantes do
clima escolar, das diferentes percepções sobre raça e racismo e das
relações e interações raciais na escola, na sala de aula, entre outros
tópicos. Alguns dados são preocupantes, como o fato de as médias de
alunos brancos serem maiores que a de estudantes negros nas fases
estudadas. O relatório também avalia de maneira qualitativa a situação
das escolas brasileiras, e as questões ligadas aos jovens em fase de
estudo fundamental e médio.
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