Ao
longo dos últimos quinhentos milhões de anos, o mundo passou por cinco
brutais extinções em massa, nas quais sua biodiversidade caiu de maneira
abrupta. Dessas, a mais conhecida foi a que eliminou, entre outros
seres vivos, os dinossauros, quando um asteroide colidiu com o planeta
há 65 milhões de anos. Atualmente, vem sendo monitorada a sexta
extinção, que tem potencial para ser a mais devastadora da história da
Terra. Mas, dessa vez, a causa não é um asteroide ou algo semelhante.
Nós somos a causa. Em A sexta extinção, a jornalista Elizabeth
Kolbert explica de que maneira e por que o ser humano alterou a vida no
planeta como absolutamente nenhuma espécie o fizera até hoje. Para isso,
a autora lança mão de trabalhos de dezenas de cientistas nas searas
mais diversas e vai aos lugares mais remotos em busca de respostas: de
ilhas quase inacessíveis na Islândia até a vastidão da cordilheira dos
Andes. Neste livro, Kolbert apresenta ao leitor doze espécies —
algumas desaparecidas, outras em vias de extinção — e, partir daí, chega
à conclusão assustadora de que uma quantidade inigualável de animais
está desaparecendo bem diante de nossos olhos. Ao mesmo tempo, a
jornalista traça um panorama de como a extinção tem sido entendida pelo
homem nos últimos séculos, desde os primeiros artigos sobre o tema, do
naturalista francês Georges Cuvier, passando por Charles Lyell e Charles
Darwin, até os dias de hoje. Kolbert mostra que a sexta extinção corre o
risco de ser o legado final da humanidade e nos convida a repensar uma
questão fundamental: o que significa ser humano?
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