A siderurgia brasileira é a única no mundo a conservar um uso significativo do carvão vegetal como agente termo redutor. No decênio de 2003 a 2012, a indústria siderúrgica brasileira produziu, em média anual, 32,5 milhões de toneladas de ferro-gusa, sendo 9,5 milhões de toneladas obtidos por intermédio do carvão vegetal como insumo termo redutor do minério de ferro em seus altos fornos. Isto significou uma participação de quase 1/3 (29%) sobre o total de produção de ferro gusa no período. No contexto da crescente preocupação mundial com a mudança global do clima, essa característica peculiar da siderurgia brasileira torna-se um importante ativo do setor, pois viabiliza uma trajetória de desenvolvimento de baixo carbono que pode significar um diferencial de competitividade para os produtos siderúrgicos brasileiros. Entretanto, para materializar esses benefícios, é necessário promover uma transição para a sustentabilidade de alguns segmentos do setor, garantindo a origem sustentável da matéria-prima e modernizando o processo de carvoejamento, para aumentar a eficiência econômica e a qualidade ambiental do processo.
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