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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Mayara Floss & Arnildo Dutra de Miranda Júnior (Orgs.) - A Colcha De Retalhos: Vivências da Liga De Educação Em Saúde














Viver é Poesia. Melhor dizendo, pode ser. Sempre. Sem exceção. Mas Poesia não é doce nem dócil. Poesia dói também. E revolta. E faz com que vejamos coisas e dimensões que nem sempre quereríamos ver. Mas ela anda solta, sempre disposta, sempre possível, esperando ser percebida. Bastam olhos atentos, corações abertos, peles de onze sentidos despertos. Às vezes Poesia passa pelos ventos frios, no balanço das águas, ao afastar-se dos cais ou chegar a bons portos. Poesia é tricotar ou brincar de tecelagem, de juntar retalhos. Acompanhar dores e mortes. Renascer junto com os que encontramos no caminho. E ir fundo por baixo das areias geladas do Sul do Sul. Na Medicina que, esquecemos sempre, faz parte da Saúde - mesmo com seus olhares singulares, com suas formas de opressão e dor, e com seus heroísmos e misérias humanas - tecer coletivos de afeto é desafio profundo. Ela foi perdendo tanta coisa em nome dos aparelhos organizativos, das formas de arranjo institucional, dos protocolos, dos sistemas de informação, das políticas que são re-inventadas (por vezes de maneira perversa) nos níveis locais, dos conceitos amados (criticidade, amorosidade, dialogicidade) que são deturpados em nome de partidos e grupos de poder. Com os planos de saúde, a Medicina foi criando fama de sabotadora, de traidora do Sistema Único de Saúde. E médicos foram confundidos com seres ambiciosos e mesquinhos que procuram dinheiros, poderes e lucros desmedidos.

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