Esta obra discute a contribuição do educador paulista Theodoro de Moraes
(1877-1956) para a disseminação da assim denominada “pedagogia moderna”
no Brasil, tanto por meio de sua atuação em cargos e funções no
magistério como de sua produção ensaística e pedagógica, extremamente
prolífera. Além de participar da produção de documentos oficiais, Moraes
elaborou artigos para periódicos, textos de literatura infantil,
livros, cartilhas e ainda foi tradutor e conferencista. O
educador, de acordo com a autora, defendia com ênfase o ensino da
leitura para crianças e para adolescentes e adultos, pelo chamado método
analítico, um componente essencial da pedagogia moderna e que se
destaca pela busca da praticidade e o uso da intuição. Por este método, o
ensino deve ser gradual, completo e contínuo, de modo a favorecer a
atividade individual do aluno. O processo de ensino seguiria,
dessa forma, “do mais simples para o mais complicado” e avançaria “passo
a passo”. O educador prescrevia ainda prática e exercícios constantes e
o uso comedido das regras durante o transcorrer das atividades
didáticas. Muito graças a Moraes, o método analítico para o ensino
inicial da leitura – que se tornara oficial para as escolas primárias do
estado de São Paulo entre o fim do século 19 e o início do século 20 –
teve um inegável revigoramento e deixaria marcas indeléveis na educação
do país.
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