O livro compara a morna, um gênero poético-musical de Cabo Verde, com a
modinha e o lundu, que se firmaram no Brasil no transcorrer do século
18. O objetivo é delinear o percurso que teria sofrido a morna desde o
seu primeiro registro, naquele século, discutindo os possíveis traços em
comum entre ela e as cantigas populares brasileiras mencionadas e
discutir até que ponto a morna seria o resultado da adaptação do lundu e
da modinha brasileiros à sociedade mestiça de Cabo Verde.De acordo com a
autora, que baseou parte de sua pesquisa em fontes cabo-verdianas como
Vasco Martins, tal fato foi possível devido às relações estreitas entre
as então colônias Brasil e Cabo Verde. Houve, além do tráfico de
escravos, muito tráfico cultural. Este fez circular, entre outros
artefatos culturais, diversos tipos de cantares que se difundiram e se
enraizaram, passando a fazer parte da vida cotidiana de ambos os
países.Citando Martins, a autora destaca que morna e modinha apresentam,
em comum, muitos pontos musicológicos, como a harmonia, os acordes e a
tonalidade menor e, principalmente, o sentimentalismo amoroso presente
no texto poético. Já o lundu, música nascida na África e com origem no
batuque, aportou em Cabo Verde vindo diretamente do Brasil, mas suas
influências foram geograficamente mais abrangentes. Levado também para
Portugal, o lundu, na modalidade "chorada", foi uma das fontes do
surgimento do fado.
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