Os ambientes litorâneos foram os primeiros ocupados pelo homem europeu
no Brasil e apresentam, nos dias atuais, elevados índices de
urbanização.Tais ambientes possuem elevado grau de suscetibilidade
ambiental devido as suas características intrínsecas, tais como
propriedades litológicas, hidrológicas, geomorfológicas, climáticas e
biogeográficas. É neste contexto que se insere a região litorânea do
estado de São Paulo, na qual a intensa atividade turística, os portos,
as indústrias e o desenvolvimento urbano, associados a sua fragilidade,
geram um alto grau de alteração. Na Baixada Santista, localizada no
setor central do litoral do estado, a problemática principal
relaciona-se à urbanização sobre os terrenos planos e inconsistentes da
planície quaternária e sobre as vertentes íngremes dos Morros Isolados.
Assim, têm-se problemas relacionados a enchentes, movimentos de massa
nas encostas e instabilidade das fundações das construções. Diante
desse cenário, os projetos de planejamento devem considerar que a
qualidade de vida de moradores e turistas depende de ações adequadas,
fundamentadas em bases sólidas de conhecimento, visando à conservação e
manutenção das características ambientais. Os estudos que integram esta
obra investigam as interações entre as características físicas da
Baixada Santista e a ocupação desses terrenos. Ao analisar tais
interações, busca-se realizar um diagnóstico das condições ambientais da
Baixada Santista, apontando problemáticas ambientais municipais a serem
gerenciadas pelo poder público nos processos de planejamento.
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