O trabalho tenta discutir a relação entre crescimento urbano e
sustentabilidade a partir da experiência de Maringá, cidade de porte
médio do norte do Paraná com características únicas. Concebida por um
engenheiro urbanista para ser uma espécie de "cidade-jardim" inglesa em
solo brasileiro, a cidade teve seu projeto implantado por uma companhia
colonizadora privada (cuja antecessora era britânica), o qual foi
relativamente preservado pelos vários planos urbanísticos subsequentes. Desse modo, apesar do inexorável empobrecimento da qualidade urbana e
ambiental - condição comum às cidades brasileiras - Maringá continua
próxima, urbanisticamente, de um equilíbrio dinâmico entre crescimento e
sustentabilidade, que ainda pode ser plenamente atingido. Sobrepondo
fatos a teorias, o autor discute as razões que levaram à curva
descendente de qualidade urbana e a consequente desigualdade no acesso à
tão almejada "cidade verde" em Maringá, os perigos que rondam esta
quase utopia e os possíveis caminhos para alcançá-la. Muito oportuno, o texto pode servir de referência para novos estudos
sobre a paisagem urbana brasileira, ampliando o debate entre disciplinas
e áreas de atuação e possibilitando novas abordagens para a questão da
sustentabilidade.
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