O principal mérito desta coletânea é dedicar-se, corajosa e decididamente, a refletir, teoricamente, a respeito da comunicação organizacional nos novos tempos, caracterizados pelas chamadas tecnologias de informação. Se, tradicionalmente, sempre houve a valorização da comunicação face a face em situações de crise, historicamente fomos aprendendo que as organizações, em sociedades complexas, não podem se dirigir diretamente a cada cidadão ou consumidor. Assim sendo, houve a necessidade de se desenvolverem novas técnicas e métodos de ação capazes de dar conta de momentos em que a decisão precisava ser tomada rapidamente e ser transformada em uma estratégia ainda mais decidida e ampla. Quando chegamos ao final do século XX e princípios do século XXI, o contexto se radicaliza ainda mais. As instituições e organizações ficam, de certo modo, à mercê da grande massa de consumidores a quem sequer conhece ou identifica. Ao contrário da situação anterior, em que as instituições e as organizações tomavam a iniciativa do contato, agora são os potenciais e virtuais consumidores e receptores que vão em busca das organizações. Neste sentido, instituições e organizações necessitam de um esforço muito mais amplo e original, como em uma situação de guerra constante e continuada, em que sempre se deve estar pronto a responder, mesmo àquilo que não se sabe exatamente o que seja.
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