No Natal de 1991, o presidente norte-americano George H. W. Bush
discursou para a nação a fim de declarar a vitória dos Estados Unidos na
Guerra Fria. No mesmo dia, Mikhail Gorbatchov havia renunciado a seu
posto de primeiro e último presidente soviético. A consagração dessa
narrativa, em que o fim da Guerra Fria estava ligado à desintegração da
União Soviética e ao triunfo dos valores capitalistas sobre o comunismo,
protagonizou a opinião pública norte-americana e persiste desde então,
com consequências desastrosas para a situação dos Estados Unidos no
mundo. O premiado historiador Serhii Plokhy revela neste livro que o
colapso da União Soviética foi tudo menos obra dos Estados Unidos.
Valendo-se de documentos recém-revelados e de entrevistas originais com
os principais envolvidos, Plokhy apresenta uma interpretação nova e
ousada dos últimos meses da União Soviética e argumenta que a chave do
colapso foi a incapacidade de as duas maiores repúblicas soviéticas, a
Rússia e a Ucrânia, concordarem quanto à continuidade da existência de
um Estado unificado. Ao atribuir o colapso soviético ao impacto das
ações norte-americanas, os dirigentes políticos estadunidenses
superestimaram sua capacidade de derrubar e reconstruir regimes
estrangeiros. O papel decisivo dos Estados Unidos no desaparecimento da
União Soviética não só é um mito como uma crença descabida que tem
orientado - e perseguido - a política externa norte-americana desde
então. "Uma grande análise de um momento histórico extraordinário e sua
relevância na crise atual tornam este livro leitura obrigatória." - Wall
Street Journal. "Uma leitura fascinante sobre os meses finais da União
Soviética." - Telegraph, UK. "Uma retomada incisiva dos meses que
antecederam a dissolução da URSS. Com uma narrativa vibrante, o livro
capta esse acontecimento histórico de modo sublime." - Sunday Times, UK.
"Este livro é um achado raro. Esclarecedor e imparcial, enfatiza a
pesquisa e análise de especialistas.
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