Os psicanalistas René Major e Chantal Talagrand
resolveram enfrentar a vida de um dos homens mais influentes do século
XX para traçar uma biografia que vai além do próprio Freud (1856-1939),
narrando a história do pai da psicanálise e apontando, simultaneamente,
como o método freudiano mudaria a escrita da história. A biografia não
segue uma cronologia linear habitual. Os autores começam relatando a
situação de Freud frente à barbárie nazista, para depois se deslocar até
Viena, cidade natal do autor, que no final do século XIX estava em
plena expansão cultural, científica e econômica. À medida que Major e
Talagrand se debruçam sobre os primeiros anos de vida de Freud, vão ao
mesmo tempo desvendando parte da grandiosa obra deixada por ele. Um
exemplo dos trabalhos citados é Interpretação dos sonhos, que, de
acordo com Freud, teve uma importância subjetiva sem igual para sua
auto-análise por trazer à tona lembranças, traumas e situações. A
alternância entre a vida e a obra do biografado traça um rico painel
não só dos principais eixos das teorias freudianas – a histeria, o
narcisismo, o inconsciente, a sexualidade –, como também sobre toda a
teia de relações que influenciaram e foram influenciados por Freud.
Autores (Stefan Zweig, Arthur Schnitzler), mestres (Jean-Martin Charcot,
Joseph Breuer), filhos (seis ao total) e discípulos (Melanie Klein,
Carl Jung, Karl Abraham) ajudam a conhecer o autor de tão revolucionária
obra. E, justamente para aqueles que se interessam pelo método de
trabalho de Freud, há um capítulo inteiro dedicado a alguns dos casos
que passaram pelo divã do psicanalista, mostrando a essência do conceito
da análise e a ruptura radical que ele promoveu.
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