No século XIX, o diplomata britânico sir Henry Wotton definiu um
embaixador como um enviado honesto para mentir no estrangeiro pelo bem
de seu país. A afirmação de Wotton vai ao encontro do senso comum de que
política e mentira são indissociáveis na sociedade de hoje. O professor
de ciência política da Universidade de Chicago, John J. Mearsheimer,
porém, chegou a uma conclusão surpreendente depois de investigar a fundo
a questão e garante: os políticos mentem pouco quando confrontados com
questões internacionais. A razão é simples, mentir para outro estadista
em assuntos cruciais é muito arriscado, e quase sempre traz resultados
negativos inesperados. E o autor complementa: durante momentos de crise,
a mentira pode ser um instrumento estratégico. Há diferenças
entre mentir para a população do próprio país e para outras nações, e
casos em que o emprego de mentiras pode ser útil estrategicamente - como
para evitar uma guerra. Para ilustrar seus argumentos, o autor utiliza
fartos exemplos históricos e dá grande destaque à política americana
recente, como, analisando temas como as mentiras catastróficas contadas
pelo governo Bush a fim de convencer a população americana a apoiar
guerras no Iraque e no Afeganistão. A primeira análise sistemática da
mentira como ferramenta de governo, identificando seus motivos, as
variedades e seus possíveis custos e benefícios.
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