O autor situa a pesquisa como a razão mesma de ser da atividade
acadêmica. Sem desmerecer a docência e também a atividade de extensão,
acentua que estas duas dependem intrinsecamente da pesquisa. Sob este
aspecto, é incisivo: "Só tem algo a ensinar aquele que, por meio da
pesquisa, construiu uma personalidade própria científica, aquele que tem
uma contribuição original; caso contrário, não vai além de narrar aos
estudantes o que leu por aí. E se atribuímos à universidade um
compromisso com a comunidade em que está inserida, para que não fique
apenas na teoria, mas consiga descer à prática, isto se consegue da
melhor maneira possível se a intervenção na realidade estiver baseada em
pesquisa prévia, porque não se pode influenciar o que não se conhece." Estruturada
sobre esta colocação inicial, a primeira parte deste texto cuida do
débito social da ciência. Nesta parte, o autor trata de questões mais
gerais, onde sobressai a perspectiva da sociologia do conhecimento na
demarcação científica, na vigência do argumento de autoridade, na busca
da relativização da ciência, na idéia da antimetodologia como
contrabalanço à preocupação exagerada e moralista do metodólogo e na
discussão em torno da neutralidade.
Baixe o arquivo no formato PDF aqui.

Nenhum comentário:
Postar um comentário