Nos últimos dois séculos, a filosofia ocidental se desenvolveu à sombra
de Hegel, com cada nova geração tentando em vão escapar de sua
influência. No atual momento de transição em que vivemos, Žižek defende
não só o retorno a Hegel, filósofo dominante da transição histórica,
como a repetição e a superação de seus triunfos e limitações, por meio
da interação com o antifilósofo Lacan. Para ele, a psicanálise e a
dialética hegeliana redimem-se mutuamente, desvencilhando-se da pele à
qual estão acostumadas e aparecendo em uma forma nova, inesperada. Tal
abordagem permite ao mais pop dos filósofos diagnosticar nossa condição
atual e também se engajar em um diálogo crítico com os eixos essenciais
do pensamento contemporâneo – de Heidegger à Badiou, da física quântica
às ciências cognitivas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário