Existirá
um ponto – chamemos-lhe “crítico” – a partir do qual é possível dizer, de uma
sociedade, que ela não é já a que era? Dir-se-á que, no limite, qualquer
sociedade é sempre “a mesma”, na medida em que, para ser sociedade, ela envolve
sempre uma certa continuidade – de território, de cultura, de traços físicos,
etc... Mas até que ponto se pode dizer dessa sociedade, que é sempre “a mesma”,
que ela já entrou num novo “ciclo”, numa nova “fase” da sua existência? (...)
Aquilo que parece certo é que há, nas sociedades que conhecemos (...) momentos
em que as maneiras mais ou menos habituais, mais ou menos consolidadas de
pensar e fazer as coisas começam a provocar estranheza naqueles que as vivem e
as sofrem. Mais do que uma tomada de consciênca clara e racional, parece haver
uma vaga impressão, uma Stimmung que, pouco a pouco, de forma irresistível, vai
alertando os protagonistas para o seu desfasamento em relação ao “espírito do
tempo”.
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