O conhecimento sobre a relação entre pobreza, miséria e os mercados dos
quais os pobres fazem parte é bastante limitado na literatura econômica
brasileira. A investigação sobre a pobreza concentra-se em questões como
as suas causas, distribuição espacial, conceitos e linhas de pobreza,
perfil do pobbre,
dentre outros assuntos, e menos nas questões associadas à natureza e
funcionamento dos mercados em que os pobres estão inseridos. De um lado,
essa deficiência parece ter relação com as políticas sociais e de
combate à pobreza que predominaram no país por muitas décadas, as quais
se baseavam em medidas compensatórias e assistenciais. De outro lado, a
limitação da literatura parece estar associada à visão predominante de
que o fim da pobreza seria um subproduto do crescimento econômico. Esse
entendimento levou os políticos e formuladores de política a terem uma
visão passiva e tolerante com a pobreza, focando suas políticas em
medidas que levariam ao crescimento da economia.
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