Sob o pretexto de enfrentar a degradação ambiental, a mudança climática e as crises de energia e de alimentos, a indústria está prevendo uma “nova bioeconomia” e a substituição de carbono fóssil por matéria viva, agora rotulada de “biomassa”. A biomassa mais produtiva e mais acessível está no Sul global – exatamente onde, até 2050, deve haver outros 2 bilhões de bocas para alimentar em terras que (graças ao caos climático) devem produzir 20-50% menos. Embora este pareça ser o pior momento possível para colocar novas pressões sobre os ecossistemas, estão dizendo aos governos que a “biologia sintética” – uma tecnologia recém-inventada – poderá produzir e transformar toda a biomassa necessária para substituir todos os combustíveis fósseis que usamos atualmente. Ao mesmo tempo, os novos mercados de carbono estão transformando a vida vegetal em estoques de carbono para negociar (em vez de reduzir as emissões). Mas as companhias que dizem “acreditem em nós” são as mesmas gigantes da energia, da química, do agronegócio e do florestamento que foram as principais criadoras das crises climática e de alimentos que hoje nos afetam.
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