Autor dos conhecidos poemas "As flores do mal", Charles Baudelaire foi
também o mairo crítico de arte de seu tempo. Perseguido pela obsessão de
formar uma consciência estética, Baudelaire tem idéia clara sobre a
função crítica. Ela não deve ser fria e algébrica, nem desprovida de
amor e ódio. Tampouco deve exprimir a condescendência dos floreios e
gentilezas. A crítica justa - única possível - é parcial, apaixonada e
política. O universo é subjetivo e é subjetivamente que Baudelaire
recusa ou elogia um artista. Sabe mostrar-se irritado e apaixonado e
joga-se por inteiro nos seus artigos sobre as artes. É principalmente
por ter sido um precursor da estética moderna que Baudelaire aparece
como marco obrigatório de referência a todos os que pensam a modernidade
hoje.
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