A autora procura discutir as consequências de a cultura juvenil
ser hoje o ingrediente fundamental da comunicação digital, e os efeitos
desta cultura sobre o comportamento dos jovens e sobre o próprio
conceito de juventude. Ela enfatiza que nas últimas décadas tal conceito
passou definir, mais do que uma faixa etária, uma espécie de
mercadoria, oferecida, para qualquer interessado, na mídia, em academias
de ginástica, casas de shows, shopping centers e nos mais variados
espaços urbanos. A pesquisadora analisa o comportamento de várias gerações de jovens,
especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, a partir da consolidação
da TV e de mídias voltadas especificamente para esse público, como os
suplementos teen. E mostra que as novas tecnologias digitais - com sua
portabilidade, mobilidade e interatividade - estão trazendo novos
cenários, novas conformações da vida social, múltiplas configurações de
tempo e desenhando espaços antes inimagináveis, ocupados principalmente
pelos jovens. Trata-se de uma geração extremamente conectada e rebelde à sua maneira
contra os valores tradicionais, que está desenvolvendo um novo estilo e
um novo modo de entender o processo comunicativo, com grande dinamismo.
No entanto, trata-se também de uma geração que não consegue fugir do
aspecto mais perverso das tecnologias digitais, pois estas, ao evoluírem
e se transformarem praticamente a cada dia e quase sempre a reboque do
mercado, exigem seguidas adaptações, que os jovens nem sempre conseguem
acompanhar de forma rápida e sistemática, de modo a ficarem imunes a
frustrações.
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