Romance original, desprovido das características próprias do gênero, A
paixão segundo G.H. conta, através de um enredo banal, o pensar e o
sentir de G.H., a protagonista-narradora que despede a empregada
doméstica e decide fazer uma limpeza geral no quarto de serviço, que ela
supõe imundo e repleto de inutilidades. Após recuperar-se da frustração
de ter encontrado um quarto limpo e arrumado, G.H. depara-se com uma
barata na porta do armário. Depois do susto, ela esmaga o inseto e
decide provar seu interior branco, processando-se, então, uma revelação.
G.H. sai de sua rotina civilizada e lança-se para fora do humano,
reconstruindo-se a partir desse episódio. A protagonista vê sua condição
de dona de casa e mãe como uma selvagem. Clarice escreve: “Provação
significa que a vida está me provando. Mas provação significa também que
estou provando. E provar pode ser transformar numa sede cada vez mais
insaciável.”
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